segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Olhos, Coração e Caneta





É simplesmente natural! Todos sentimos, muitos escondem. Seja por um orgulho deturpado, por vergonha, ou pela simples incerteza do que realmente se passa em sua própria cabeça confusa. Porém todo sentimento, sensação e até opinião, se muito guardada, acumula, e uma hora transborda. E assim como tudo que sai de supetão de nosso coração, os sentimentos passam derrubando tudo, exacerbando o sentido das coisas, deturpando a pureza das sensações. É preciso então um recurso que filtre esses rompantes, que torne sentimentos em manifestações puras dos momentos em que nossa razão se mescla com nossos instintos, gerando humanidade genuína! Cria-se então a poesia. Única, inexplicável, pessoal, impossível de sistematizar. A poesia não é uma expressão regida por regras e parâmetros que as enquadram entre obras aceitas ou não, é o que surge quando se põe pra fora, de forma delicada, aquela borboleta que não se aquieta em seu estômago, ou aquela tulipa nascendo entre seus pulmões. Palavras, sonetos, versos... canções! O ato de escrever, o exercício do lirismo, a arte de materializar fantasias de mentes infantis presas em corpos adultos. De tudo e todos é feita a poesia: do recordar, do amar, do viver, do sorrir, do chorar, suspirar, voar, voar, voar... verbos que nos fazem transcender as linhas escritas e viajar por sensações e captações pintadas em aquarela, sob um modelo em preto e branco! No fim... a poesia é tudo, nada, e algo ao mesmo tempo, e quanto mais simples, mais complicadas as sensações que a inspiraram, e quanto mais bela, mais intensos os sentimentos direcionados. Escrever não é apenas expressar impressões, é viver através do coração, o mundo onde o cérebro é rei!

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