sexta-feira, 12 de março de 2021

Descanso

 




Um dia cansativo, a mente cheia, uma lufada de descanso merecido. Era fim de tarde, a janela do quarto virada para oeste permitia a entrada do sol em um raio alaranjado que ondulava quando um vento batia na cortina. A fórmula perfeita para um descanso do corpo e da alma. E, mal sabia eu, que de outros cansaços também...


Sabe quando você acorda "sonhando"? Pois é. Eu estava deitado, largado na cama, com ventilador em cima, as roupas já largadas em cima da cadeira. Quando aquele clima bucólico se transformou em um sonho tão vívido eu nem percebi que não estava mais acordado.

Ouço sem ver quando você, com cuidado, abriu a porta, entrou e suavemente passou a mão em minhas costas, me acordando. Acordar num sonho é interessante, a gente desperta, mas o mundo continua turvo. E naquele momento a sua mão alisando minhas costas era a única coisa que eu sentia.

Me inclinei, olhei pra cima e te vi: Você usava um body de renda, preto. Delineava sua cintura e quadril perfeitamente. E a renda contrastava com sua pele, dando ainda mais destaque a seu corpo nu que podia entrever naquele tecido tão provocante.

Um detalhe: Durante todo o sonho nós não proferimos UMA palavra sequer.

Eu me virei de peito pra cima, sorrindo, e você começou a passar a mão por minhas pernas e a beijar meu peito. Ainda bem suave e delicada. Quando tentei pegar na sua cintura, você segurou minha mão com firmeza!

Então colocou meus braços acima da minha cabeça e começou a beijar meu pescoço, com mais avidez, a respiração acelerando no mesmo compasso que a minha. Suas mãos desceram explorando meu corpo inteiro e voltaram a acariciar minhas coxas, da parte de fora pra dentro, apertando com mais voracidade, agora.

Neste ponto começou a subir a mão, passando por minha virilha e explorando um pouco ali. Com suavidade em alguns pontos, mas com firmeza onde a mão melhor se encaixou. Acariciando e estimulando, enquanto a outra mão subia pelo meu quadril e costas até meu pescoço

Neste ponto eu recuperei, num lapso, o controle dos movimentos, e puxei você pra cima, pegando pela cintura e te trazendo até meu quadril. Com você sentada ali eu passei as mãos por suas coxas com firmeza, sentindo a maciez da pele arrepiando e o músculo enrijecendo ao toque, em leves espasmos. Alisei os dedos sentindo seu quadril e parei as mãos por ali. Enfiei os dedos pelas bordas rendadas do body e apertei sua bunda quando você inclinou pra frente e me beijou.

 

Ar... me faltou ar neste ponto...

 

Então você se ergue e com um olhar provocante, lascivo, que parecia penetrar em meus olhos, passou a mão por trás de si e levou ela de minha coxa em direção a minha virilha, alisando minha pele com as unhas. Se levantou um pouco, mexendo os quadris pra frente e pra trás, sentindo a carícia que você mesma conduzia e jogando a cabeça pra trás, aparentemente curtindo a sensação do toque, fechando os olhos e abrindo a boca, num leve, profundo e arfante gemido.

Eu já estava com a mão em sua bunda novamente, apertando. Você abaixou a cabeça, abriu os olhos e me olhou, sedenta, faminta. Então você se abaixou e vorazmente me beijou de novo...

 

O êxtase me acordou, arfante, suado e, apesar da frustração inevitável, com uma euforia inexplicável.

 

Volte... Temos algo a terminar.

8 comentários:

  1. daquele tipo de texto que faz a gente transpirar em todas as 994823791 que lê 💙

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  2. Uau!!Que texto!! Desses que te fazem palpitar o coração e "sonhar junto" a cada linha...
    Acorda não... continua ahaha

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  3. Uau!! Que texto incrível, nos prende a história e nos faz vive- lá

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  4. Nossa... Realmente nos guia até a sensação de frustração de fim de um sonho bom haha

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