domingo, 10 de abril de 2011

Apropriação




E de repente acontece,
Sem expectativa ou sequer suspeita,
E chega de uma vez! Arrasando, dominando,
Tomando como seu território onde antes ninguém habitava!
Não era terra de ninguém!
Apenas um lugar onde sabia-se que não devia-se morar.
Então simplesmente chega e toma moradia.
Armas poderosas em prol de sua conquista!
Um sorriso que derruba as barreiras de defesa,
E mãos que arrepiam toda a guarda!
Então toda a muralha que o protegia cai por terra,
Impotente, inútil... sem mais sentido.
O terreno, antes improdutivo e abandonado, hoje prospera vivo e palpitante!
Doce, delicada e radiante, toma posse e domínio.
As mãos que outrora desarmaram a guarda... hoje entrelaçam meus dedos,
Que desacostumados tremem ao suave toque!
E o sorriso... delicado, sincero e puro... irradia vida em todo o espaço,
Torna-se parte dele! Vida, palpitação!
Não se sabe mais aonde termina o terreno...
E onde começa a dona desse coração!

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