terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Cansaço




Em determinado momento, começa a abater-se o cansaço. Você começa a achar que a atitude tem menos cara de perseverança e cada vez parece mais uma tola insistência. Talvez a paixão que vive na esperança te cegue para o óbvio: Não há mais para onde avançar! Os projetos tão sonhados, o futuro almejado, não passam de projeções na parede da caverna! A verdade é tenebrosa e assustadora. O medo, aquele velho cuja força você sempre defendeu depender da sua atitude sobre ele, mostrou-se uma sombra pesada e profunda. As suas garras entranharam-se de tal forma que não importa o quanto você lute, não consegue arrancá-las.
A vida tem dessas... parece que quando a gente começa a achar que as coisas estão bem encaminhadas, que tudo que você está fazendo para concretizar seus objetivos está correndo da forma esperada, ela vem e te mostra que a maior tolice da existência é achar que se tem algum controle sobre o futuro e a ordem das coisas.
“Ah não se pode deixar tal pessimismo dominar”. Não, realmente não se pode! É preciso contemplação! Perceber que o objetivo não é controlar, mas sim saber como lidar com aquilo que todo o emaranhado de eventos isolados nos apresenta. Após a percepção, o sofrimento é inevitável. Deixar para trás, viver uma vida diferente, separada, não é uma ruptura indolor e que não deixe marcas! Mas passa! Nada dura para sempre, dura apenas o momento suficiente para deixar as impressões necessárias. E é importante desprender-se daquilo que não funciona mais. 
Não, não é conformismo. É consciência! É o primeiro passo rumo à aprendizagem e mais uma evolução.