Ando pra todo lado com o aparelho do lado. A cada cinco minutos eu olho, confiro se não chegou mensagem, se eu cancelei o aviso sem querer. Tornei-me compulsivo! Viciei em ficar feliz ao ler “You have a message from Moanjo”. Então largo a cautela às favas e te mando uma mensagem tentando parecer descontraído: “bom dia! Tou pensando em você”, só falto dizer: “dia bonito, não?!”, mas o senso de ridículo me faz parar e rir ao sequer imaginar isso. Então você me responde... Uma risadinha, um comentário simples, sincero... Bem você! Meu dia se ilumina! O sol parece trabalhar com mais vontade e eu me pego sorrindo até pra uma mancha no tampo da mesa. Já deitado na cama a gente conversa entre risos... Eu até tento controlar os elogios, mas você me fascina tanto que eu preciso colocar pra fora tudo o que eu enxergo de lindo em seu rosto, em seus olhos enormes, em sua alma simples e brilhante... E, sobretudo em seu sorriso, do qual nunca me canso de falar! Surge aquela ânsia... você está tão perto, ao alcance de meus dedos e ao mesmo tempo tão longe... intocável... não posso sentir a suavidade de seu toque, o aroma campestre que emana de seus cabelos, ouvir o som de sua voz ecoando e minha mente... Até quando a incompletude? Até quando a virtualidade? Quando poderei te abraçar e te dar a certeza de que o mundo pode implodir a nossa volta, mas ali você estará segura, ali eu estarei com você, sentindo o pulsar suave de seu coração e a brisa fresca de sua respiração em minha pele... Quando nos tornaremos “nós”? Palpáveis, Concretos... Não mais virtuais... Reais!